Investigados Compraram Aeronaves da Empresa de Gusttavo Lima e Usaram Terceira para Viajar
- y LUPY
- 24 de set. de 2024
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Segundo Polícia Civil de Pernambuco, a Balada Eventos e Produções LTDA vendeu avião e helicóptero para empresa ligada a esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais sem declarar a transação, em "ato de ocultação dos valores".
Por Maurício Ferraz, Arthur Stabile, TV Globo e g1
Avião da Balada Eventos e Produções, de Gusttavo Lima — Foto: Reprodução
Investigação da Polícia Civil de Pernambuco aponta que suspeitos de integrar um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais comparam 2 aeronaves da Balada Eventos e Produções LTDA, que tem o cantor sertanejo Gusttavo Lima como proprietário.
Os suspeitos também teriam viajado para fora do Brasil com uma 3ª aeronave da Balada Eventos e Produções.
A polícia investiga o uso do avião para lavagem de dinheiro e a suspeita de que Gusttavo Lima tenha apresentado "conivência com foragidos", conforme decisão que determinou sua prisão na tarde desta segunda-feira (23).
O relatório da polícia pernambucana não detalha quais ações da Balada configuram lavagem de dinheiro, mas diz que o avião foi usado para cometer o crime por parte da J.M.J., empresa de José André da Rocha Neto.
Segundo a lei nº 9.613/1998, lavagem de dinheiro é o ato de esconder ou dissimular "a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente" de atos criminosos.
A defesa de Gusttavo Lima afirma que a decisão é "totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais" (leia a íntegra ao fim da reportagem).
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A Justiça de Pernambuco afirma no pedido de prisão que Gusttavo Lima deu "guarida a foragidos" e cita uma viagem em que o cantor fez com o casal, Aislla e José André, de Goiânia para a Grécia. Essa viagem foi feita com outra aeronave da Balada Eventos e Produções, de matrícula PS-GSG.
"No dia 7 de setembro de 2024, o avião de matrícula PS-GSG retornou ao Brasil, após fazer escalas em Kavala, Atenas e Ilhas Canárias, pousando na manhã do dia 8 de setembro no Aeroporto Internacional de Santa Genoveva, em Goiânia. Curiosamente, José André e Aislla não estavam a bordo, o que indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça", afirma a decisão.
O que diz Gusttavo Lima:
"A defesa do cantor GUSTTAVO LIMA recebeu na tarde desta segunda-feira (23/09), por meio da mídia, a decisão da Juíza Dra. ANDRÉA CALADO DA CRUZ da 12ª Vara Criminal de Recife/PE que decretou a prisão preventiva do cantor e de outras pessoas e, esclarece que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas.
Ressaltamos que é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais.
A inocência do artista será devidamente demonstrada, pois acreditamos na justiça brasileira. O cantor GUSTTAVO LIMA jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana.
Por fim, esclarecemos que os autos tramitam em segredo de justiça e que qualquer violação ao referido instituto será objeto e reparação e responsabilização aos infratores."
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